Criar seu preço pode doer, mas dói mais não mostrar o seu valor.
- Jenny Runge [A IDEALISTA]
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- 23 de jul.
- 5 min de leitura
Olá idealista, eu sei que esse talvez seja o golpe mais duro que um idealista terá de suportar no processo de construir sua grife de autoridade. Não há nada de gentil, nem de democrático, na hora de colocar preço naquilo que você realiza com excelência. E, no entanto, é aqui que os visionários costumam errar, porque tentam ser justos com o mundo antes de serem leais a si mesmos.
Não se precifica para agradar. Não se precifica para facilitar. Não se precifica para tornar-se acessível a todos. Precifica-se para sustentar, simbolizar e eternizar a sua solução, proposta de valor ao mundo e principalmente, a forma que você criou para se remunerar para fazer aquilo que faz seu coração vibrar de verdade. E, se for necessário, para separar os que desejam dos que apenas comparam.
O erro de base começa com a pergunta errada: “quanto o meu cliente está disposto a pagar?” Essa é a pergunta de quem terceirizou sua autoridade e hipotecou sua grandeza. O verdadeiro idealista pergunta: quanto eu preciso cobrar para que isso que faço seja possível, honesto e energeticamente sustentável para mim — e ao mesmo tempo desperte desejo legítimo?
Criar seu preço pode doer, mas dói mais não mostrar o seu valor.
Precificar é sobre você, não sobre o outro. É sobre o que você sustenta, sobre a complexidade invisível que existe por trás da entrega, sobre a simbologia que transforma o ordinário em inesquecível. Sobre o quanto você se dispõe a proteger sua visão de ser diluída por preços pequenos, por demandas medíocres, por públicos que não são seus.
Vamos a um exemplo real (e brutalmente necessário):
Suponha que você venda consultorias de branding para empreendedores iniciantes. Em média, o mercado cobra R$ 2.000,00 por um projeto de 3 encontros. Você, com sua formação densa, sua trajetória singular, sua entrega profunda, resolve cobrar R$ 7.000,00. E então vem o choque: as pessoas somem, comparam, te questionam. Você duvida. Pensa em baixar para R$ 4.000,00 “para facilitar”. Só que, ao fazer isso, você não está facilitando o acesso. Está abrindo mão de um campo inteiro de valor que havia sido gerado na sua primeira precificação.
Veja: o cliente que compara preço de consultoria está em busca de algo que ele mesmo não sabe nomear. Seu valor ainda está atrelado ao tangível, aos entregáveis, às horas, ao número de encontros. Mas a sua entrega, idealista, não é tangível. Ela é transformacional.
Você não entrega um novo logo, você entrega uma nova possibilidade de identidade. Você não vende três encontros, você colapsa tempo. Você não orienta, você consagra. E isso precisa de um preço que não seja apenas justo. Precisa de um preço que seja real, isto é, simbólico, sustentado e matematicamente calculado.
Vamos subir o nível:
Quando você olha para uma bolsa da Hermès, não vê couro. Vê legado, tempo, escassez, história, alquimia. Vê o esforço que o mundo exige para que alguém seja digno de carregá-la. A Hermès não vende para quem quer comprar. Vende para quem quer pertencer. Para quem deseja ser atravessado por um símbolo. Para quem compreende o preço como um filtro, não como uma barreira.
Da mesma forma, você — se é um idealista — precisa compreender que o preço é a sua oração silenciosa sobre o valor da sua presença no mundo. Cada centavo cobrado carrega uma narrativa. Cada número revela seu grau de compromisso consigo e com seu cliente.
O consultor que reestruturou o McDonald’s entendeu isso de forma brilhante. Ele disse: “O McDonald’s não está no ramo de hambúrgueres. Está no ramo imobiliário.” Veja:
O lucro real da rede vinha da aquisição e valorização dos terrenos onde os restaurantes eram erguidos, e não da venda de Big Macs. Ou seja: a empresa ganhava dinheiro com o posicionamento estratégico, não com o produto em si.
Você consegue precificar essa informação nos dias de hoje?
Conseguiu entender o poder que tem uma informação de alguém que sabe o que está fazendo pois estuda e trabalha diariamente para gerar esta informação? Eu não sei quanto custou a hora desse consultor na época, mas eu sei que o cliente dele soube usar muito bem o valor intangível do que estava recebendo. E agora eu pergunto: e você, idealista, está em qual ramo? Qual posição do jogo nos negócios e na vida?
Você está vendendo um curso... ou está ocupando um território? Você está vendendo sessões de coaching... ou criando portais de realização? Você está oferecendo seu tempo... ou protegendo uma estrutura energética capaz de colapsar futuros?
Quem precifica com base no outro é um prestador. Quem precifica com base em si é um arquétipo.
Tire print da minha frase, e grave na tela do seu celular para se lembrar sempre em qual posição você decidiu trabalhar. É isso que diferencia um profissional do mercado de um nome impossível de ignorar. Criar seu preço pode doer, mas dói mais não mostrar o seu valor.
Se você ainda sente culpa em cobrar mais do que os outros, pergunte-se: o que sustenta o meu preço além do meu tempo? O que o meu cliente leva, que ele mesmo ainda não consegue explicar? O que eu movimento nele, no mundo, no tempo-espaço, quando ele me escolhe? Se suas respostas forem grandes, seu preço deve ser também. Não para excluir. Mas para valorizar a si mesmo e o cliente que te escolheu.
Porque quem quer preço justo, encontra qualquer um. Quem quer presença simbólica, te encontra. E quem te encontra, não volta a ser o mesmo. Você é a Hermès do seu campo de atuação. Você é o McDonald’s do seu território oculto. Você é a Idealista do seu tempo.
E precificar é o ritual que traduz isso em números.
Darei mais um exemplo, com práticas reais que ministro aqui na IDEAL42 para Precificação Real: Preço Real = (Simbolismo+Singularidade+Sustentação Energética) / Clareza de Campo
O que cada termo significa?
Simbolismo: o valor emocional, cultural e simbólico que sua entrega carrega. Exemplo: exclusividade, status, transformação profunda.
Singularidade: o quanto aquilo é único, impossível de ser replicado por outros. Sua experiência, método exclusivo, autoridade.
Sustentação Energética: o quanto você mantém essa entrega com integridade, energia e presença, sem se esgotar. Qual sua autoridade sobre o assunto ou os assuntos?
Clareza de Campo: o quanto você comunica essa soma com precisão, de forma que seu cliente entenda, conecte e deseje.
Exemplo prático
Imagine uma mentora de negócios que quer definir o preço da sua mentoria premium.
Ela atribui uma nota simbólica de 9 (de 0 a 10), pois sua mentoria muda a mentalidade dos clientes e gera transformação de alto impacto.
Sua singularidade é 8, porque ela tem uma metodologia própria que ninguém mais oferece.
A sustentação energética é 7, pois ela entrega com muito compromisso, mas sente que ainda precisa ajustar processos para não se exaurir.
A clareza de campo é 6, porque ainda está aprimorando a comunicação para que o valor seja claramente percebido pelo cliente.
Agora calculamos:
Preço Real = 9+8+76 = 246 = 4
Esse “4” é um multiplicador simbólico que será usado para basear o preço.
Se a base de custo ou valor mínimo que ela acha justo para o trabalho (tempo, esforço, despesas) for R$ 2.000,00, ela multiplica por 4:
Preço Final =2.000 × 4= R$8.000,00
Assim, a mentora tem um preço que reflete não só os custos tangíveis, mas principalmente seu valor simbólico, sua unicidade e a energia que entrega, ajustado pela clareza com que comunica isso.
Esse modelo mostra que preço justo não é “igual para todos” nem “feito para agradar cliente”. É a equação do quanto você se honra, se posiciona e se mostra.
Quer aumentar seu preço? Aumente sua Singularidade, seu Simbolismo, sua Sustentação Energética e sua Clareza de Campo. E veja o multiplicador subir — fazendo o preço refletir seu valor real.
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Essa é uma das chaves que aprofundamos no Ideal CoachClub — o espaço mais simbólico e estrategicamente luxuoso da educação idealista. Um clube para poucos, com o poder de transformar sua presença em patrimônio e sua mensagem em valor de legado.Se você compreende o que está sendo dito aqui, você já está dentro. Só falta entrar.
Primeiro a gente SOMA. Depois, MULTIPLICA. Com carinho e respeito,


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